quarta-feira, fevereiro 06, 2008

PROMESSAS E DESEJOS


Foto: Alexandre Severo (JC Imagem)

Agora que o frevo dá trégua
Voltarei aos projetos
(Meus e alheios)
Concluirei os cordéis inacabados
Darei atenção a quem me é mais chegado
Pedirei desculpas
Matarei saudades
Tentarei recompor o que sobrou da folia.

Daqui a alguns dias
Serei, de fato, mais um guerreiro do passo
Cuidarei da troça
Traçarei mil planos
E antes que se faça um ano...

Espero estar de novo
na mesma euforia
Dos dias recentes
Revendo e fazendo amigos
Achando o dia curto e querendo ficar
Vinte e quatro horas no ar
Tostando-me no Galo
Zanzando por Olinda
Entregando-me ao au(l)to-sacrifício de Ceroula
Procurando desesperadamente por Patuscos
Baquenambuco, Alafim e Flor da Lira
Fazendo ponto na Bodega de Veio
Tomando axé de fala e cerveja
Cantando forró no Tanajura
Dançando coco e ciranda em plena Prudente
Indo atrás dos Gigantes
Dando pinotes e fazendo tesouras
Cantarolando vezes infindas:
“- Olinda, quero cantar
a ti, esta canção...”
“morena tome cana
que a cerveja acabou
ô,ô,ô!”
“Ei, pessoal
Ei, moçada...”
“popopopopopopó
popopopopopopó
popopopopopopó
popopopopopopó”

-Recife, manhã de sol da quarta (06/02/08) -

Um comentário:

Anônimo disse...

O cordel é instrumento
Que faz a divulgação
Levado ao nosso povão
Fazendo o discernimento
Das artes o conhecimento
Faz a cultura crescer
Faz o povão conhecer
O que é um menestrel
Se não fosse o cordel
A cultura ia morrer.

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//Anizio